Festival Eletronika by licio daf
(5, 6 e 7/nov./2009)
Noite de quinta e um galpão revitalizado no centro de Belo Horizonte recebe a volta do Virna Lisi. Era o Eletronika começando suas atividades com uma noite quente de rock 'n roll. Rompendo o esperado, o festival de novas tendências musicais olhou para trás e resgatou acertadamente um ícone dos anos 90.
Enquanto o público ia chegando, o Black Drawing Chalks descarregava com estilo as músicas do segundo disco “Life is a Big Holiday for Us”. Os goianos impressionaram com o show mais pesado do festival. De acordo com Vitor Rocha (voz e guitarra), a banda tem material para o terceiro, mas o próximo passo é um pulo nos Estados Unidos no primeiro semester de 2010.
Enquanto o público ia chegando, o Black Drawing Chalks descarregava com estilo as músicas do segundo disco “Life is a Big Holiday for Us”. Os goianos impressionaram com o show mais pesado do festival. De acordo com Vitor Rocha (voz e guitarra), a banda tem material para o terceiro, mas o próximo passo é um pulo nos Estados Unidos no primeiro semester de 2010.
Na sequência o Virna Lisi, referência do underground mineiro, rompeu 12 anos longe dos palcos. Com César Maurício (vocal), Ronaldo Gino (guitarra), Marcelo de Paula (baixo), Luiz Lopes (bateria) e Henrique Matheus (guitarra), a banda de pós-punk com pitadas percussivas emocionou o público ao cantar “Eu quero essa mulher assim mesmo” que precisou repeti-la no bis. Após o show, o guitarrista e produtor musical Gino ao ser perguntado sobre o futuro do Virna respondeu em tom de brincadeira: "a primeira coisa a se fazer é tirar essa camiseta molhada". Show elogiado pelo público e crítica.
Alta madrugada de quinta pra sexta. No Velvet Clube, Camilo Rocha discotecava noite a dentro. Alguns quarteirões dali, A Obra experimentava as Monobandas. O Melda, com uma apresentação bem divertida, tocava guitarra por cima de bases pre-gravadas. Claudão Pilha como bom anfitrião abriu o palco para O Lendário Chucrobillyman e sua pegada caipira. Incrível a performance desse um homem banda. Na plateia os rockstars do Black Drawing Chalks que horas antes abriram a edição de 10 anos do Festval Eletronika.
A segunda noite foi dominada pelo novo pop dançante tupiniquim. A turma interessada em moda veio direto dos desfiles do Minas Trend Preview para ver a modelo e vocalista da banda Stop Play Moon. No palco Geanine Marques - usando Alexandre Herchcovitch e meia arrastão – com voz contida e bem timbrada cantava centralizando as atenções. Boa banda com boas músicas. Resta-nos esperar o disco que está sendo produzido por Plínio Profeta (ganhador do Grammy Latino com o disco "Falange Canibal" de Lenine).
A pequena e carismática Cacá, vocalista do Copacabana Club, achou o palco pequeno. Não parou um minuto e animou a noite mais cheia do festival. Pouco antes do show, a garota falou sobre as três versões do hit “Just Do It”. De acordo com a vocalista, a pré-produção foi gravada sem muitas pretenções. “A segunda versão veio com amadurecimento do Copa e o convite da Levis para fazer o clip”. O remix do Boss In Drama acrescenta outro olhar. “a gente deu a música para o dj Pericles Martins trabalhar. Quando ele baixou o tempo da música deu outra perspectiva pra gente de como ela poderia ser tocada, ser ouvida”. A vocalista do Capacabana Club concluiu dizendo que versões agradam todo mundo, uns gostam do remix outros do original.
A madrugada de sexta continuou no Deputamadre com a apresentação do duo N.A.S.A. Nem a casa lotada, nem o mal atendimento conseguiram estragar a festa. Músicas próprias, Beastie Boys e outras coisitas – entre elas Planet Hemp – fizeram o Deputa dançar até amanhecer.
Rubin Steiner passou pelo Eletronika em 2003 com batidas misturadas a harmonias contruídas com um senso de imperfeição. Esse ano o francês deixou para trás o trombone, o contrabaixo acústico, a pegada jazzy e veio com um show vigorosamente mais rock, focado nos dois últimos discos “Drum Major” e “Weird Hits, Two Covers & a Love Song”. Pouco antes de subir ao palco, Fred Landier, aka Rubin Steiner disse: “we’re happy to be here and we’ll try make people dance, make people happy. It’s our misson! Make people dance, make people happy, it’s our real mission!” Então colocou uma mascara de cavalo e seguiu pelo corredor entre o camarim e o palco.
O dj e produtor Frédéric Riviere, integrantes do coletivo Valerie, veio a Belo Horizonte com seu projeto Anoraak. O francês subiu sozinho ao palco principal com o software Ableton Live, um controlador midi dos mais completos e guitarra. Anorrak com boas músicas tocou um synth pop que agradou. Também do coletivo Valerie, o trio Minitel Rose passou pelo festival com seu disco de estréia “The French Machine”.
Birdy Nam Nam fechou a noite francesa que ficou na história do festival e, porque não dizer, da cidade de Belo Horizonte. (vale ressaltar que no mesmo dia Iggy Pop, Sonic Youth, Jane´s Addiction e Faith No More tocavam em outra capital brasileira). Disparado o melhor show do festival, os quatro Djs emocionaram com boas músicas e impressionaram pela técnica apurada. O público do galpão Espaço 104 era eclético, mas em frente ao palco a cena Hip Hop dominava. Dj Roger Dee (Batalha de MCs) Dj Tobias (Julgamento), Dj Spider, o Rapper Renegado, todos esperando o quarteto.
Perguntado sobre o processo de criação e a questão de samples e direito autoral, Little Mike disse que usam samples, mas mudam o tom, o timbre, o andamento, a melodia e tocam aquele material totalmente diferente do original. Também gravam instrumentos e depois usam as pick-ups para toca-los.
Perguntado sobre o processo de criação e a questão de samples e direito autoral, Little Mike disse que usam samples, mas mudam o tom, o timbre, o andamento, a melodia e tocam aquele material totalmente diferente do original. Também gravam instrumentos e depois usam as pick-ups para toca-los.
Além dos Shows, a programação do festival contou com debates, oficinas e mostra de filmes. Conversamos com Leandro HBL sobre o documentário “Favela on Blast” dirigido por ele e Diplo. Assista ai:
01. Rubin Steiner – Take your Time
02. Birdy Nam Nam – Rad Drawn Rising
03. NASA – Money (David Byrne, Chuck D, Ras Congo, Seu Jorge e Z-trip)
04. Zemaria – Hit do Porto
05. Black Drawing Chalks – My Favorite Way
06. L’est – Backwards Man
07. Anoraak – Waiting for your Call
08. Stop Play Moon – Hey
09. Virna Lisi – Vou te Mostrar
10. O Lendário Chucrobillyman – Chicken Flow
11. Dead Lovers Twisted Hearts – Huckleburry Finn
12. Minitel Rose – Magic Powder
13. Copacabana Club – Just Do It (pre-produção)
4 comentários:
Mister Licio, melhor cobertura do evento até agora. bjs
Lício muito bom! Fitak7 esta de parabéns!
boa meu caro!
abs,
minoro
fico bão msm
vi la no blog da agencia filtro, mas aqui ta mais completinho e bonitinho
abs
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